Em 2021 um assunto interessante "voltou" a ganhar espaço nos canais da Internet dedicados a assuntos correlatos ao nosso UNIVERSO MENTE ABERTA: A existência, em épocas muito remotas, de uma civilização avançada na região amazônica, contrariando o que nos é ensinado - que a Amazônia é uma área desde sempre populada pelas atuais tribos indígenas e suas sociedades ditas "primitivas", educação tendenciosa que também reforça em nossa formação a exclusão de nossa preciosa Amazônia do mapa de arqueologia alternativa que estuda com seriedade mistérios "inexplicáveis" como a cultura, arquitetura e tecnologia de sítios arqueológicos como (apenas para exemplificar) o complexo das pirâmides de Gizé, Stonehenge, Angkor Wat, Puma Punku, Baalbek, Tiwuanaku e Chichen Itzá.
Digo "voltou", porque talvez para os "millennials", que nasceram a partir do ano 2.000, esse assunto seja novidade. Mas matérias de televisão dos anos 80, como o Programa "Sexto Sentido" da TV Gazeta, e reportagem de Pedro Bial e Afonso Mônaco, exibida no Fantástico da Rede Globo em 1990, já haviam tratado com profundidade e seriedade o assunto: os mistérios que cercam a possibilidade de existirem pirâmides na Amazônia, e sua relação com uma possível civilização avançada que teria habitado a região há muito mais tempo do que nossa arqueologia convencional aceita e divulga como sendo o tempo de existência das civilizações mais antigas na Terra.
O polêmico livro "As Crônicas de Akakor" (cuja edição foi proibida no Brasil), do jornalista alemão Karl Brugger, falecido em 1984, e prefaciado por ninguém mais ninguém menos que Erich Von Danniken, o pai da teoria dos "Deuses Astronautas", disseminou para o mundo a base das teorias sobre a possibilidade desta civilização avançada ter existido na Amazônia. Porém, por diversas razões - que o acesso às reportagens acima sugeridas pode ajudar dando algumas pistas - esse assunto foi "sumindo" da mídia e do conhecimento geral, por misturar política, lendas urbanas, crendices, teorias da conspiração e temas sensíveis e proibidos, principalmente na época em que o Brasil ainda vivia sob um regime político menos aberto, e pelo potencial explosivo que tais reflexões têm, de incomodar e questionar nossa educação tradicional sobre nossa história, de onde viemos, e quem pode verdadeiramente ter participado de nosso passado e de nossa evolução.
Mais recentemente, o autor Graham Hancock, no excelente livro "America Before" abordou com profundidade o tema da existência de uma civilização avançada ter populado a Amazônia - em eras bem anteriores ao que temos conhecimento, pela cronologia "pré-colombiana" envolvendo o que nos é ensinado em relação às expedições espanholas, que descobriram e colonizaram as áreas da América Central e do Sul - e que também dizimaram com saques, varíola e inquisição religiosa os povos que representavam essa civilização ancestral.
Segundo Hancock, a análise imparcial e com MENTE ABERTA de diversos fatores que cercam a realidade da Amazônia e refletem a herança de um conhecimento técnico ancestral muito avançado, atestam a riqueza do conhecimento dessa civilização ancestral na região, e a importância de estudar seu legado, mudando o que achávamos que sabíamos sobre a região e sua população. Ao participar do podcast de Joe Rogan em 2019, Graham Hancock tratou do tema abordado em suas pesquisas na Amazônia, destacando mistérios subestimados pela arqueologia convencional, como a fertilidade do solo da floresta amazônica, decorrente de uma verdadeira técnica de "engenharia agrícola" que criou um composto chamado "Terra Preta" e a combinação "inteligente"(ou seja, não aleatória ou "natural") de uma variedade de árvores frutíferas e de vegetais convenientes à alimentação de um povo ali assentado!
A existência de extensas estradas antigas cobertas pela vegetação ao longo de séculos e o conhecimento de geometria expresso nos impressionantes geoglifos - desenhos gigantes antiquíssimos só recentemente descobertos (há cerca de 20 anos) por cobertura aérea em áreas que vem sofrendo desmatamento para criação de pastagens, e também por fotos de satélite (e só divulgados na virada dos anos 2000) também é apresentada por Hancock no podcast de Joe Rogan e em seu livro "America Before".
Aliás, esse assunto dos geoglifos da Amazônia comprovadamente nada tem a ver com teorias da conspiração, pois foi tratado de maneira jornalística e séria em reportagens de veículos como a BBC, Record TV e outros canais documentais do Youtube. Se acessar os links que acabei de citar, você entenderá porquê essa descoberta finalmente coloca nossa região amazônica no mesmo universo de interesse de sítios arqueológicos relevantes e enigmáticos que atestam um passado que nos é escondido e distorcido, como Stonenhenge, no Reino Unido, Tiwuanaku na Bolívia, e mesmo Nazca no Peru (Graham Hancock explica em seu livro a relação entre algumas figuras desenhadas no deserto de Nazca e a fauna Amazônica, o que, mais uma vez, reflete como existiu em nosso passado remoto uma "super-civilização" que se interligava e cobria todo o planeta, influenciado com sua cultura os mais distantes continentes e povos antigos do planeta).