Assista também o vídeo sobre este tema em nosso canal do Youtube: https://www.youtube.com/c/UniversoMenteAberta
Em 2009 Dan Brown, autor do best-seller "O Código Da Vinci", lançava seu livro "O Símbolo Perdido". O livro vendeu 1 milhão de cópias no dia de seu lançamento, o que podemos considerar como verdade, porque em 2009 não se fazia "hack de algoritmos" como algumas plataformas atualmente permitem, burlando completamente a relevância e o verdadeiro interesse de pessoas reais em certas obras e conteúdos, tornando duvidosa sua importância perante o público. Felizmente, naquele dia Dan Brown podia gabar-se de, de fato, 1 milhão de seres humanos, gente, leitores, terem comprado seu livro... Nesse livro, Dan cita a Ciência Noética, e o Instituto de Ciências Noéticas, onde a personagem Katherine Solomon desenvolve suas pesquisas, e acaba ajudando o personagem central, o simbologista e cético Robert Langdon, em suas aventuras na trama. Mas o que é a Ciência Noética?
Já cheguei a ler que “Ciência Noética” estaria relacionada a "descobertas relacionadas ao tempo de Noé"…algo similar ao que fazem com o livro de Enoque e a chamada “tecnologia enoquiana” que supostamente estaria codificada nos relatos do profeta bíblico sobre suas viagens extraplanetárias e os seres angelicais com os quais ele se comunicava.… Mas no nosso caso, para a Noética a única definição correta está relacionada à palavra grega nous, que significa “mente”. A Noética é uma disciplina que estuda os fenômenos subjetivos da consciência, da mente, do espírito e da vida, mas a partir do ponto de vista da ciência e sua metodologia. Como conceito filosófico, em linhas gerais a Noética define a dimensão espiritual do homem, que é o que o diferencia dos outros seres vivos.
De forma resumida, para entendermos o conceito sem entrar em sua profundidade e complexidade, podemos considerar que a noética é uma forma de usar metodologia científica para estudar fenômenos relacionados aos aspectos NÃO- MERAMENTE BIOLÓGICOS do ser humano - nossa mente, nossa consciência e capacidade que somente o ser humano tem de interagir com o universo e o meio-ambiente - porque é o que nos diferencia de todos os outros seres vivos com os quais convivemos e partilhamos a criação. Em tempos de "IA - Inteligência Artificial", e da ameaça crescente da "Revolução 4.0", essas são constatações importantes, para que não percamos não somente nosso espaço, mas principalmente para que não dos dissociemos de nossa essência, nossa alma e mente, sabendo que é essa capacidade de transcender, de interação e de conexão com os demais seres e o cosmos que nos diferencia na Criação. Ou vamos abrir mão disso sem percebermos?...
O foco em estudar e entender do que a mente humana é capaz e como ela afeta a realidade encontrou respaldo nos conceitos mais profundos, por exemplo, da física quântica e da psicossomática. No caso da física quântica, o entendimento de que o observador é capaz de alterar o fenômeno que está sendo observado, e estudos relacionados à teoria das cordas, super-cordas e dos multiversos ou dimensões, e no caso da psicossomática, a descoberta do quanto nosso estado mental pode afetar nossa saúde e provocar ou mitigar doenças - temas abordados em filmes como “Quem somos nós” e “O segredo”.
Apesar desse tipo de assunto, relacionando ao poder transcendental da mente humana e nossa integração à natureza e ao cosmos ser respeitado, tratado como sabedoria real, sendo conhecido e praticado em muitas culturas ancestrais e milenares, sempre foram temas considerados como superstição pela dita ciência convencional - muito provavelmente como uma forma do sistema estabelecido nos afastar de nossa essência e enfraquecer um poder que nossos antepassados dominavam e provavelmente utilizaram no passado remoto, para realizar coisas que atualmente não sabemos mais como explicar.
Nesse sentido, é interessante fazer nossa conexões, a partir do livro de Dan Brown. No livro "O Símbolo Perdido", o personagem principal, o simbologia Robert Langdon, que é ateu e extremamente apegado ao que somente a Ciência convencional consegue provar, zomba dos interesses e estudos realizados pela personagem Katherine Solomon, que trabalha no Instituto de Ciências Noéticas, realizando, por exemplo, experiências para atestar o poder de cura de doenças pela meditação, e exercícios de visão remota de acontecimentos. O pai de Katherine é um eminente professor e pesquisador no Instituto Smithsonian, que é uma instituição real estabelecida em Washington, capital dos Estados Unidos, que abriga 7 centros de pesquisa e possui mais de 140 milhões de itens em seus 19 museus. Acredita-se que o acervo da instituição Smithsoniana foi a inspiração para a cena final do filme "Os Caçadores da Arca Perdida", onde aparece aquele depósito subterrâneo onde estão guardados, catalogados e escondidos os maiores segredos de nosso passado, aos quais nós não podemos ter acesso para manter o sistema de controle atual e reservar o poder desse conhecimento somente aos eleitos que nos controlam. Essa instituição seria uma das organizações-chave para estabelecer e controlar o que é a ciência oficial, que pode ser revelada ao público, às massas, para nos manter dentro do atual sistema de crenças de nossa matrix, e o que deve ser ocultado.
Alma, espírito, percepção extra-sensorial, telecinese, telepatia, intuição e visão remota eram assuntos vistos com desdém e preconceito, até que começassem a ser objeto de estudos com metodologia científica, que é a proposta da Noética, que só ganhou força a partir da década de 60, devido a mudanças de comportamento da sociedade e na cultura, que favoreceram esse pensamento e esse tipo de estudos.
Foi a partir desse despertar, que o famoso astronauta da Apollo 14, Edgar Mitchell, sexto homem a pisar na lua, em 1971, teve os insights para criar em 1973 o Instituto para Ciências Noéticas, ou o IONS. Ao experimentar a visão de nosso planeta a partir do espaço e permanecer por 9 horas em solo lunar, Mitchell , falecido em 2016 (e que um ano antes havia dito em uma entrevista que uma raça extraterrestre já havia se deslocado para salvar a Terra de uma guerra nuclear...), refletiu e se sentiu compelido a promover uma expansão de nossa consciência como Seres Humanos, em relação a nosso papel cósmico e nossas reais capacidades de interação e transformação neste universo.
Para ilustrar o escopo de interesse desta ciência, vamos citar apenas 4 temas, como expostos no vídeo de nosso canal sobre o assunto, que seriam bons exemplos do universo de interesses que somente a visão científica da Noética permitiu estudar e tratar com mais seriedade e menos preconceito nos últimos anos:
Visão Remota: No seriado baseado no livro “O Símbolo Perdido”, para tentar descobrir o paradeiro de seu pai sequestrado, a personagem Kathryn Solomon recorre a um “remote viewer” que trabalha para a CIA. Um “Remote Viewer" é uma pessoa sensitiva com capacidade de “ver remotamente” acontecimentos e localizar pessoas, a partir do toque de objetos de uma pessoa desaparecida, ou mentalização concentrada. Isso de fato existe e é utilizado por agências como a CIA, sendo que tais experiências de visão remota se iniciaram durante a Guerra Fria. Há desdobramentos dessas experiências envolvendo a mente humana em projetos obscuros e cruéis como o MK Ultra, que só foram possíveis depois que os governos e militares tiveram acesso a estudos e informações sobre o real poder e funcionamento da mente humana, envolvendo cientistas para utilizar isso em diversas ações de controle e de guerra psicológica ao longo de todas essas décadas a partir de 1940.
O filme estrelado por George Clooney “Os homens que encaravam cabras”, de 2009, aborda esse tema da visão remota e mostra como o exército treinou soldados para utilizar essa técnica. Apesar de ser baseado em uma história real registrada em um livro do mesmo nome, o filme trata o assunto de maneira caricata e ridicularizada (como manobra de desinformação, comumente usada para enfraquecer tais temas em filmes como “Homens de Preto”, onde apresentam de maneira caricata as agências que acompanham a ufologia, “Marte Ataca”, que aborda de maneira cômica e em animação a visita alienígena à base militar de Wright-Patterson nos anos 50, quando supostamente seres relacionados à nave caída em Roswell cerca de 5 anos antes se encontraram com o Presidente Eisenhower, “Stargate”, que mostra como absoluta ficção científica os portais interdimensionais relacionados às civilizações antigas e “Independence Day”, que cita como ficção as experiências de engenharia reversa na Área 51, hoje citadas até em documentário da Netflix sobre as revelações de Bob Lazar, o engenheiro que trabalhou em engenharia reversa das naves na área s4 da área 51 em Nevada).
O poder da água: O poder de nossas emoções, intenções, pensamentos e palavras pronunciadas sobre as moléculas da água foi objeto dos estudos divulgados em livros e palestras a partir de 1999 pelo fotógrafo e escritor Masaru Emoto, que faleceu em 2014. A observação das fotos divulgadas por Masaru em suas experiências leva a crer no ditado “As palavras tem poder”. As fotografias de cristais de água mostram a modificação em sua estrutura, após a menção de agradecimento de um simples “obrigado” ou por palavras hostis, como “Eu te odeio”. Em suas experiências Masaru Emoto também comparou a diferença no formato dos cristais de água, conforme sua pureza e sua localização no planeta. O cristal de águas poluídas ou submetido a palavras e sentimentos negativos, tem sua forma cristalina distorcida, sem os belos padrões geométricos harmônicos e simétricos fotografados na água pura ou submetida a sentimentos de amor e gratidão, por exemplo. Seus experimentos são apresentados no documentário “Quem somos nós”, onde é destacado que tais experiências devem ser objeto de atenção, já que nosso corpo é formado por 70% de água… sendo assim, quanto a nossa saúde é de fato afetada quando estamos cercados por vibrações, sentimentos, palavras e música negativas? Masaru Emoto testou sua teoria inclusive em alimentos, como o arroz, que depende basicamente da água para ser preparado. Os resultados mostraram também o quanto esse alimento foi afetado pelas palavras e sentimentos hostis direcionados a diferentes potes ao longo de 30 dias.
A Vida Secreta das Plantas: Em 1979, Stevie Wonder lançou seu álbum “Journey Through the secret life of the Plants”, criado para ser a trilha sonora do documentário “A vida secreta das plantas”. Esse documentário era baseado no livro de mesmo nome, publicado em 1973 por Peter Thompkins e Christopher Bird. Na época, como dissemos, a ideia de acreditar que as plantas podiam sentir nossas intenções e reagir a cheiros, sons e pensamentos, era ridicularizada, e, como dissemos, tratada como pseudo-ciência. Porém, a despeito desses “juízes da verdade”, Thompkins e Bird estudaram as experiências de pessoas como Cleve Backster, o maior especialista americano em detecção de mentiras. Em 1966, Cleve resolveu fixar os eletrodos de um de seus polígrafos em uma folha de dracena, uma espécie tropical muito utilizada como planta ornamental. Os resultados registrados pelo aparelho trouxeram à luz um novo entendimento sobre a natureza das plantas, como seres vivos, sinalizando sua interação com as energias e o ambiente que as cercam, e sua reação às atitudes e intenções dos seres humanos.
Passados 50 anos, e provavelmente com o apoio aberto pelas abordagens da Noética, temos hoje livros de pesquisadores como Daniel Chamovitz, Jack Schultz, Heidi Appel, Rex Cocroft e Olivier Hamant que, mais do que simplesmente confirmar, ampliaram e atualizaram recentemente, já a partir de 2012, as conclusões daquele pioneiro e menosprezado livro de 1973, de Thompkins e Bird, sobre a real natureza e sensibilidade das plantas.
Cimática: A Cimática ("Cymatics") é o estudo das ondas sonoras e seus efeitos de materialização, ao criar desenhos, com padrões físicos em um meio, como uma superfície com areia ou sobre a água.
O termo foi criado pelo cientista suíço Hans Jenny, que publicou as conclusões de seus estudos em seu livro "Kymatik", em 1967. A palavra “Cimática” deriva do grego kymatika, onde "kyma" significa "onda", tika "assuntos referentes a”. Então a Cimática trata de “assuntos relativos às ondas”. Hans Jenny baseou suas experiências no trabalho de Ernst Chladni, músico e físico alemão do século XVIII, considerado o “pai da acústica”. Jenny iniciou uma investigação sobre fenômenos ligados à observação visual do som. Seu trabalho gerou interesse inclusive em Gyorgy Kepes, que é o fundador do Center for Advanced Visual Studies (CAVS) no MIT.
Dentro das experiências inspiradas pelo trabalho de Jenny na Cimática, a mais instigante e que nos leva a refletir sobre as aplicações práticas e ocultas desse conhecimento ao longo da história foi a divulgação feita em 2007 por Thomas J. Mitchell e o seu filho Stuart , que alegam ter decodificado o que seria uma "frozen music" - ou “música congelada” - ao analisarem as esculturas da Capela de Rosslyn, construída em 1446 na Escócia, usando os princípios de geração de ondas sonoras estudados pela cimática. A palavra "Rosslyn" tem origem hebraica, e significaria algo como "O lugar onde se oculta o segredo”.
Segundo os músicos Thomas e Stuart Mitchell, as esculturas em cubos de pedra localizados nos arcos da Capela de Rosslyn trazem referências a padrões cimáticos. A propósito, Rosslyn é uma capela citada no livro “O Código Da Vinci”, também de Dan Brown, devido aos muitos outros mistérios iniciáticos que a cercam desde sua construção, e que estariam relacionados aos segredos dos cavaleiros templários e sua guarda do Santo Graal. Thomas e Stuart Mitchell criaram uma obra usando como referência o desenho de 13 símbolos geométricos esculpidos na face de 213 cubos encravados nos arcos da capela, conforme os padrões sonoros da cimática. Essa obra musical foi chamada por eles de " The Rosslyn Motet "e reforça uma reflexão bastante intrigante sobre o conhecimento que os antigos teriam sobre como materializar objetos a partir da estrutura de uma onda sonora. E então, será que o processo inverso seria uma explicação científica - ou noética - para a passagem bíblica narrada no livro de Josué, da derrubada das muralhas de Jericó apenas com o som das trombetas? Ou seja, a cimática explicaria que o poder das ondas sonoras não apenas pode criar matéria, mas também desfazê-la?
Felizmente, para alimentar nossas reflexões e conexões de Mente Aberta sobre fenômenos como esses, que nos ajudam a busca entender técnicas e conhecimentos que talvez nossos ancestrais dominavam e estão sendo hoje omitidos de nós, existem movimentos como a Ciência Noética. E você? Acredita? Ou prefere aceitar os pressupostos da ciência convencional, mais confortáveis e menos desafiadores?...